Após a colocação de estações de compostagem em 10 escolas e jardins-de-infância do Concelho, o Município de Albergaria-a-Velha dinamizou, no final da tarde de 9 de junho, a ação de capacitação “Compostagem – devolver à terra o que é da terra”, dirigida a docentes, educadoras e pessoal auxiliar. A sessão teve lugar na Escola Básica de Albergaria-a-Velha e foi dinamizada por Luís Miguel Martins, professor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.
“Na compostagem, simplesmente fazemos o que a natureza tem feito desde sempre”, afirmou o docente universitário. Este processo de decomposição de matéria, até ela se transformar em algo que pode ser assimilado, não só permite garantir um solo de melhor qualidade, mas também contribui para a redução da produção de lixo doméstico, podendo esta redução chegar aos 30%.
Luís Miguel Martins frisou que a Humanidade tem agravado a sua situação de agente poluidor e Portugal não é exceção. Se em 1991, cada português produzia, em média, 425 quilos de lixo por ano, em 2019, esse número subiu para 513 quilos. Toda a matéria decomposta numa estação de compostagem - desde borras de café, cascas de ovos, restos de frutas e legumes, até relva cortada, folhas e pequenos galhos – é menos lixo que vai para os aterros, ficando a ambiente e a nossa qualidade de vida a ganhar.
Para Catarina Mendes, Vereadora da Educação, a promoção da compostagem nas escolas de Albergaria-a-Velha insere-se na estratégia municipal para o Ambiente, que visa capacitar as gerações mais novas para as boas práticas ambientais. A Câmara Municipal acredita que a comunidade escolar tem um papel importante na disseminação de bons hábitos, pois as crianças acabam por levar os conhecimentos e as experiências aprendidas na escola para o seu meio familiar, facilitando a mudança de comportamentos. Com a compostagem, “podemos reduzir a quantidade de lixo doméstico depositado nos nossos contentores,” concluiu Catarina Mendes.