O Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, esteve hoje em Angeja para assinalar a colocação da primeira pedra do novo edifício da Unidade de Saúde Beira Vouga. A obra, que implica um investimento de cerca de 900 mil euros, vai melhorar a capacidade de resposta a um universo de 7500 utentes da zona Sul do Município de Albergaria-a-Velha (Angeja, São João de Loure, Frossos e Alquerubim), bem como de alguns concelhos vizinhos.
“A história que importa contar é a de um processo de diálogo entre o Executivo do Município e o Ministério da Saúde”, afirmou o Presidente da Câmara Municipal, António Loureiro. Não obstante a conjuntura difícil, com o encerramento de unidades de saúde e a falta de médicos e de pessoal técnico, o autarca salientou que, mesmo perante a solução provisória de prestação de cuidados em “contentores”, acreditou sempre que o futuro traria “uma mudança no panorama assistencial de primeira linha”. A contribuir para esta qualidade na prestação dos cuidados de saúde, António Loureiro destacou o trabalho empenhado da equipa de profissionais de saúde a trabalhar em Angeja, que fazem a diferença nos cuidados que prestam à comunidade.
Neste dia, que incluiu também a plantação de uma oliveira no espaço onde nascerá a Unidade Saúde Beira Vouga, o autarca Albergariense deixou ainda um apelo ao Ministro da Saúde – reabrir a Unidade de Ribeira de Fráguas, encerrada desde 2018, cuja população mais isolada necessita de uma maior atenção. Com esta reabertura, será possível garantir uma resposta plena aos munícipes, estando o Município melhor preparado para assumir a transferência de competências na área da saúde ainda este ano.
“Este é um momento muito feliz para o SNS”, referiu Manuel Pizarro, para quem os cuidados de saúde primários são a base de todo o sistema, aliando a qualidade com a proximidade aos utentes. O ministro elogiou a equipa técnica que se organizou em condições adversas, em “contentores”, para continuar a prestar os cuidados necessários à comunidade em Angeja, sendo um exemplo de compromisso dos profissionais com o Serviço Nacional da Saúde. O ministro destacou que é preciso continuar este caminho de colaboração com as autarquias para a descentralização e defendeu a aposta na criação de unidades de saúde modelo B, em que o desempenho dos profissionais e o atendimento às pessoas são valorizadas. “Vamos resolver o problema da falta de profissionais com o modelo B, para que cada português tenha uma equipa de saúde familiar”.
A nova Unidade de Saúde Beira Vouga vai ocupar uma área de 521 m2, com gabinetes para quatro médicos e um de internos, bem como três de enfermagem. Haverá ainda duas salas de tratamentos, uma zona de atendimento, uma sala de espera subdividida em dois espaços, para adultos e crianças, sanitários, balneários/vestiários para o pessoal, arrumos e instalações técnicas. A obra tem um prazo de execução previsto de 300 dias.