O Município de Albergaria-a-Velha vai realizar a apresentação pública do projeto de valorização e conservação “Monte de São Julião| Arqueologia e Natureza” no dia 20 de janeiro, pelas 16h00, na Junta de Freguesia da Branca.

A importância dos vestígios arqueológicos identificados no Monte de São Julião levou o Município de Albergaria-a-Velha a promover, em conjunto com o Centro de Arqueologia de Arouca, a Bioliving e a Loci Studio, o Projeto de Estudo, Conservação e Valorização daquele Monte, considerando quer o património arqueológico, quer os valores ambientais e paisagísticos, colocando-os ao dispor da comunidade. Na apresentação pública, pretende-se dar a conhecer as diferentes valências do projeto em curso para o local, que se quer afirmar como um polo cultural e natural da freguesia da Branca.

O sítio de São Julião da Branca começou a ser reconhecido na bibliografia arqueológica ao longo do século XX, tendo sido alvo de trabalhos arqueológicos em 1993-1994, em consequência das ações de plantio mecânico de eucaliptal, que trouxeram à superfície vestígios da ocupação do monte durante os finais da Idade do Bronze, há cerca de 3000 anos, e que provocaram a quase total destruição dos depósitos numa das zonas do povoado. Nessa altura, sob a responsabilidade dos arqueólogos Fernando Silva e António Manuel Silva, do Centro de Arqueologia de Arouca, foram realizadas as primeiras intervenções arqueológicas, que colocaram a descoberto parte da estrutura de delimitação do sítio.

O Município de Albergaria-a-Velha tem promovido anualmente, desde 2014, em conjunto com o Centro de Arqueologia de Arouca, trabalhos arqueológicos, nomeadamente no âmbito dos projetos de investigação PROBA, PROBA+2 e VAL-JUL, este último tendo como objetivo a conservação e valorização do sítio arqueológico.

As escavações realizadas incidiram, sobretudo, nos troços da estrutura de delimitação a poente e a sul; na mamoa e no posto telegráfico, permitindo a recolha de materiais arqueológicos entre os dois principais períodos de ocupação – o bronze final e o século XIX.